Sede social é vendida e Tigre sana as dívidas
Todo Dia - A diretoria do Rio Branco acertou ontem, na 1ª Vara do
Trabalho de Americana, a venda da sede social do clube por R$ 6 milhões para
saldar as dívidas trabalhistas e colocou fim a um processo de anos. O imóvel
foi arrematado pela AVT Incorporadora, que irá realizar compensação financeira
para completar a compra do local, avaliado em R$ 11,5 milhões pela Justiça - a
diretoria não revelou o valor alcançado na negociação.
O acordo,
selado em audiência presidida pela juíza Luciana Nasr, titular da Vara, durou
menos de 30 minutos e contou com a presença do MPT (Ministério Público do
Trabalho), autor de uma ação civil pública contra o clube. As partes abrirão
mão de impetrar qualquer recurso contra a decisão e a penhora do imóvel, que se
arrasta desde 2008, foi liberada. Com a homologação do acordo, o pagamento será
feito na segunda-feira, através de depósito judicial.
Segundo o
presidente do Rio Branco, José Antonio Franzin, a atual diretoria do clube
ficou satisfeita com a negociação. Franzin disse que a venda ajuda a cumprir um
dos objetivos assumidos pelo Rio Branco, depois que a atual diretoria tomou
posse, em junho de 2011. “Nós queríamos sanar financeiramente o Rio Branco e
fazer com que ele saísse da Série A-3”, explicou. “Nós alcançamos a Série A-2
e, agora, vamos pagar todos os débitos do clube. Vamos passar o Rio Branco para
a próxima diretoria com o nosso dever cumprido”, completou.
INVESTIMENTO
Além dos R$
6 milhões, o presidente disse que a AVT Incorporadora irá investir na produção
de uniformes do time e na festa do centenário do clube. No evento de 100 anos
do Tigre está prevista uma série de ações, entre elas um show da dupla
sertaneja Chitãozinho e Xororó e apresentação do maestro João Carlos Martins e
a Orquestra Filarmônica Bachiana. O acordo também previu publicidade no
uniforme do time - a empresa irá estampar, até o fim do segundo semestre de
2014, a sua marca na manga da camisa do Tigre, segundo Franzin.
Representantes
da AVT Incorporadora foram procurados em um celular e no telefone fixo da
empresa, das 19h30 até o fechamento desta edição, porém a reportagem não
localizou ninguém para comentar o acordo. O MPT também foi procurado, via
celular da assessoria de imprensa, mas as ligações não foram atendidas.
HISTÓRICO
A novela
para a venda da sede social do Rio Branco se arrasta há alguns anos. A sede
náutica chegou a ir para leilão sem que tenha havido interessados e atualmente
o local funciona por meio de uma parceria com a Prefeitura de Americana. A sede
social chegou a ser vendida, readquirida por meio de uma reintegração de posse
e depois passou por um leilão que durou apenas quatro dias.
O imóvel
também foi bloqueado pela Justiça, depois chegou a ser vendido por R$ 10
milhões para a TradeInvest Empreendimentos e Participações, em 2011.
A falta de
pagamento, no entanto, fez com que o espaço voltasse para as mãos do clube por
meio de uma ação judicial. Um leilão feito em janeiro de 2012 deveria encerrar
os problemas judiciais, mas o arrematante usou um cheque sem fundo para quitar
a primeira parcela dos R$ 6,6 milhões. Dois dias depois o comprador desistiu da
transação.
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