A história do Tigre na segunda divisão paulista
Esse levantamento, em um jornal, seria
considerado como um "mini suplemento", com fotos e fatos da história
do Rio Branco na segunda divisão paulista. Acreditem, é apenas um aperitivo
daquilo que temos e divulgaremos ao torcedor. Na verdade são dados gerais,
números, fatos, que darão um gostinho ao internauta do
"super-especial" que estamos preparando. Apreciem, são números exatos
e inéditos, nunca divulgados antes.
Gabriel Pitor
Dados gerais
O Rio Branco Esporte Clube participou da
segunda divisão paulista em 1979, 1980, 1981, 1982, 1983, 1984, 1985, 1986,
1987, 1988, 1989, 1990, 2008, 2009, 2011, 2013 e 2014.
Até o momento, foram 529 jogos, sendo 202 vitórias, 162 empates e 165 derrotas. O Rio Branco balançou 623 vezes as redes
e deixou o adversário balançar 540. Um saldo de 83 positivo.
Na década de 80, uma vitória valia dois
pontos, ou seja, o cálculo de aproveitamento precisa ser adaptado. É preciso
fazer essas vitórias "valerem três pontos", adaptando-se ao sistema
atual. Dessa forma, o aproveitamento do Tigre na segunda divisão paulista é de
48,4%. Em muitas oportunidades, se as vitórias valessem três pontos, o Rio Branco
teria se beneficiado.
A estreia
No dia 1 de julho de 1979 o Rio Branco
voltou a mostrar suas garras. Ao menos na teoria, porque dentro de campo o
Tigre decepcionou e empatou em 0 a 0 contra o Independente de Limeira, no
Riobrancão, em Americana. A primeira vitória após a reativação aconteceu um mês
depois em Barretos, contra o time local, por 1 a 0.
Maior jejum e maior invencibilidade
O maior jejum do Rio Branco aconteceu no
fim da temporada de 83 e no começo de 84. Em 1983, o Tigre perdeu os dois últimos
jogos da temporada para o XV de Piracicaba - quando Pianelli acabou com o sonho
do Tigre - e o time foi eliminado. Em 1984, os comandados de Brasília e
Antoninho ficaram 15 jogos sem vencer, sendo 11 empates. Emendando os dois anos
- o que é o correto - o Tigre ficou 17 partidas sem vencer, iniciando o jejum
em 16 de outubro de 1983 e encerrando em 8 de julho de 1984 após vitória sobre
o Primavera.
A maior invencibilidade já é conhecida por
todos os riobranquenses. Em 2008, ainda comandado por Ivo Secchi, o Rio Branco
venceu sua última partida na Série A2 por 3 a 0 sobre o Olímpia. No ano
seguinte, em 2009, os comandados de Carlos Rabello, Paulo Roberto e Geime Rotta
aumentaram a invencibilidade em mais de 17 jogos, totalizando, assim, 18 jogos
invictos. O período começou no dia 06 de abril de 2008 e terminou no dia 8 de
abril de 2009 após derrota para o São Bento.
Maior derrota e maior vitória
O Rio Branco já foi goleado duas vezes por
5 a 0 na segundona paulista, coincidentemente pelo mesmo adversário: o São
José. E o que causa estranheza é que o São José é o maior "freguês"
da história do Tigre. Em 10 de outubro de 1979, primeiro ano após a reativação,
a Águia do Vale fez a festa e derrotou o Rio Branco por 5 a 0 em São José dos
Campos. O placar se repetiu em 15 de janeiro de 2011, mas dessa vez em solo
americanense.
Porém, em 1983, o Tigre engoliu o Mandi no
estádio Décio Vitta. O alvinegro americanense goleou o Guaçuano por 7 a 1,
diante de 3.088 pagantes, em Americana.
FICHA TÉCNICA
Rio Branco 7x1 Guaçuano
Local: Estádio "Riobrancão"
Árbitro: Edson Massa
Renda: Cr$ 1.619.500,00
Público: 3.088 pagantes
Gols: Dau, Bispo, Zito (2), Jairo e Roberto Cruz
(2) para o Rio Branco. Ditinho descontou para o Guaçuano.
Rio Branco: Marquinhos; Gibi, Fernando, Jorginho e
Dodô; Sarandí, Dau (Lucas) e Zito; Roberto Cruz, Jairo (Telles) e Bisco.
Guaçuano: Nilton; Mauricinho (Duda), Elson, Papinha
(Ditinho) e Marquinhos; Luiz Carlos, André e Antonioni; Grilo, Claudinho e
Valter.
Confronto contra Tigres
No total, foram apenas seis jogos contra
outros "Tigres" do estado de São Paulo. Em 1990, ano do acesso, o
Marília foi o grande carrasco do Rio Branco, conquistando três vitórias sobre o
alvinegro contra uma do time americanense. Em 2009, o RBEC começou com vitória
sobre o São Bernardo: 2 a 1. E, em 2014, Tigre e Marília voltaram a se enfrentar e deu MAC: 1 a 0.
Adversários que o Tigre mais enfrentou
O adversário que mais o Rio Branco mais enfrentou
na segunda divisão é justamente o arqurrival União Barbarense. Foram 28 partidas entre Rio Branco e Leão da 13 (seis vitórias do Rio Branco; 13
empates; nove vitórias do União). Além do União, o Tigre enfrentou muitas vezes
o União São João (20), Palmeiras de São João da Boa Vista (21), EC Lemense (22)
e Velo Clube (20).
Resultado mais comum
O resultado de 1 a 0 prevaleceu 122 vezes
em jogos do Rio Branco, seja com vitória ou derrota do Tigre.
Clássicos
O Rio Branco enfrentou seus seis rivais em
toda a história da segundona, são eles: União Barbarense, Ponte Preta, Guarani,
XV de Piracicaba, Inter de Limeira e União São João. O Tigre fica em
desvantagem em quase todos os confrontos, exceto contra o União de Araras.
Confira o retrospecto contra os rivais na história da segundona:
RB x União Barbarense: seis vitórias do Rio Branco; 13 empates;
nove vitórias do União.
RB x Ponte Preta: uma vitória do Rio Branco; 1 empate; duas
vitórias da Ponte Preta.
RB x Guarani: duas vitórias do Guarani e uma vitória do Rio Branco.
RB x XV de Piracicaba: uma vitória do Rio Branco; sete vitórias
do XV de Piracicaba.
RB x Inter de Limeira: uma vitória da Internacional.
RB x União São João: cinco vitórias do Rio Branco; 10 empates;
cinco vitórias do União de Araras.
EXCLUSIVO! Públicos de 1989
Rio Branco x Lemense - 2.169 pagantes
Rio Branco x Paulista - 2.139 pagantes
Rio Branco x Ponte Preta - 10.852 pagantes
Rio Branco x Independente - 5.015 pagantes
Rio Branco x Ferroviário - 1.644 pagantes
Rio Branco x Palmeiras SJBV - 726 pagantes
Rio Branco x EC São Bernardo - 1.884
pagantes
Rio Branco x Taubaté - 1.673 pagantes
Rio Branco x Nacional - Entrada franca
(estima-se cerca de 12 mil pessoas)
Rio Branco x Jacareí - 2.043 pagantes
Rio Branco x União Mogi - 4.184 pagantes
Rio Branco x Capivariano - 5.815 pagantes
Rio Branco x Francana - 8.810 pagantes
Rio Branco x Ponte Preta - 8.288 pagantes
Rio Branco x Fernandópolis - 221 pagantes
Público pagante total: 55.463 pagantes
Média de público: 3.961 pagantes
Alguns técnicos
- Luís Bocucci (1979)
- Afrânio Riul (1982/1983/1990)
- Bidon (1983/1984)
- Brasília (1984)
- Antoninho (1984)
- Carlos dos Santos (1985)
- Fred Smânia (1986)
- Varley de Carvalho (1987)
- Luiz Carlos Ferreira, o Ferreirão
(1989/janeiro de 1990/2013)
Pedras no sapato
Ao longo de toda a segundona, o Rio Branco
teve muitas "pedras no sapato", principalmente sete times: XV de
Piracicaba, União Barbarense, União São João, Lemense, Pinhalense e Palmeiras
de São João de Boa Vista.
O Nhô Quim, sem nenhuma surpresa, é a grande
pedra no sapato do Rio Branco. O Tigre raramente consegue vencer o clube
piracicabano, e isso aconteceu apenas uma vez na história da segunda divisão
paulista, em 1983, mais precisamente no dia 12 de junho, quando o alvinegro
americanense venceu por 2 a 1.
O União Barbarense foi outra grande pedra
no sapato, assim como o União São João. Os dois times tinham um lema no mínimo
curioso: "se não der para vencer o Rio Branco, empate, mas não
perca".
O Lemense sempre jogava pelo empate com o
Rio Branco e, dessa forma, algumas vezes, conseguia surpreender o alvinegro
americanense. Contudo, o retrospecto denuncia as intensões do Lemense nas
partidas: nove empates, sendo seis por 0 a 0 ou 1 a 1.
O Ginásio Pinhalense era um time muito
difícil de ser derrotado em casa. Por várias vezes, o time de Espírito Santo do
Pinhal não conseguiu campanhas melhores pelos péssimos resultados fora de casa.
De sete jogos, o Rio Branco venceu apenas duas em Pinhal.
O Palmeiras SJBV é outro que sempre jogou
pelo empate com o Rio Branco. O time de São João da Boa Vista empatou 11 vezes
com o Rio Branco, mais de 50% dos jogos disputados, sendo 10 desses por 0 a 0
(6) ou 1 a 1 (4).
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