Rio Branco é Campeão Paulista de vôlei em 1983

3/20/2015 0 Comments

Há 31 anos, no dia 10 de dezembro de 1983, o Tigre conquistava mais uma glória esportiva em sua rica história de 101 anos. Naquele dia, o Rio Branco venceu o XV de Jaú por três sets a zero - um verdadeiro passeio -, e sagrou-se campeão estadual de voleibol. 

1983 é um ano bastante glorioso ao alvinegro, na época presidido por Luis Mário Marin, ou "Tchida Marin". No ano em questão, o Tigre conquistou o título do estadual de vôlei, fez uma belíssima campanha no paulista de hóquei, e no futebol bateu na trave, quase subindo à elite estadual, mas parando no XV de Piracicaba que tinha um meio de campo comandado por Pianelli. Além disso, a parte social do Rio Branco recebeu grande atenção, tendo seus bailes e domingueiras com grande sucesso e procura. 

Confira a matéria do O Liberal de terça-feira, 13 de dezembro de 1983. Vale lembrar que, na época, os jornais não circulavam nas segundas-feiras, e mesmo a decisão sendo no sábado, o domingo passou sem qualquer notícia esportiva. 


Transcrição da matéria 
Com uma atuação praticamente perfeita, a equipe de voleibol masculina do Rio Branco - conveniada com a prefeitura - sagrou-se vencedora do Campeonato Estadual da modalidade. O jogo que decidiu o título foi realizado sábado à noite no ginásio de esportes "Milton Fenley Azenha", no Centro Cívico, e em apenas 52 minutos o sexteto local conseguiu passar sobre o 15 de Novembro, de Jaú, por 3 sets a zero. 

 Foi o segundo jogo das finais já que, uma semana antes, o Rio Branco também havia derrotado o 15 por 3 sets a 1, na cidade de Jaú. O técnico Zito, após a vitória, chegou a afirmar que "esperava mais do adversário, que não jogou nem a metade do que sabe". Porém, ressalvou o valor dos atletas locais que praticaram um voleibol de muita qualidade. 

Os dois árbitros do jogo - Vicente Canahunga e Saulo Afonso -, não tiveram muito trabalho já que a superioridade técnica riobranquense não permitiu muitas ações ofensivas por parte do 15. Toda a equipe americanense conseguiu manter-se acesa. Não houve substituições e os seis jogadores que atuaram cumpriram o determinado. 

 Há de se ressaltar o trabalho de Mário, Lélio, Luis Fernando, Marcelinho, Marcos Nunes e Edmilson. Esta vitória, que significa o título do Estadual, confirmou mais uma vez a volta do Rio Branco à 1ª Divisão na próxima temporada, ao lado das grandes equipes de São Paulo (casos de Pirelli, Pinheiros, Paulistano, Fonte São Paulo e outras). O 15 de Jaú também subiu. 

CAMPANHA DO RB 
Rio Branco 1x3 Ipanema, 3 a 0 sobre Piracicaba, 0 a 3 para Itapema de Guarujá (WO), 3 a 1 no Ipanema, 3 a 2 em Piracicaba, 3 a 0 no Itapema, 3 a 2 na Associação Atlética Banco do Brasil, 3 a 2 sobre Osasco, 3 a 0 no Ipanema, 3 a 0 sobre o Banco do Brasil, 3 a 0 com Osasco, 3 a 1 no Ipanema, 3 a 2 no Náutico, 3 a 0 no Náutico, 3 a 1 no 15 de Jaú e 3 a 0 no 15 de Jaú. 

TRÊS REFORÇOS 
O técnico Zito revelou, ontem à tarde, que o Rio Branco deverá manter o atual elenco de voleibol e tentar a contratação de três reforços para o próximo mês. Magal, Aldmir e Mário Maringuela estão sendo contactados e propostas à altura da técnica do voleibol destes jogadores serão oferecidas até o final de dezembro. A possibilidade maior de aquisição está sobre Magal, integrante da seleção "B" do Brasil que, neste ano, disputou a Universidade. Marcio Maringuela - atualmente no Palmeiras e morando na Capital, será convidado. Já Aldmir, da Fonte São Paulo, apesar de estar na lista de contratações, tem a sua vinda um pouco mais dificultosa. Isto porque a Fonte não exibe vontade de perder o jogador. A movimentação para que empresas da cidade patrocinem o vôlei também já se iniciou. A Jacyra foi a única durante a temporada de 83 e deverá permanecer contratualmente. 

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Jaú torceu pelo AEC no título da Seletiva em 77

3/20/2015 0 Comments

A maior glória do AEC, em três anos de vida com esse nome, aconteceu em 1977. Mais especificamente na segunda para a terceira semana de abril. Em sete dias, o time aequino, considerado um fracasso pela ruim campanha na Segundona de 76, virou destaque e herói de uma das páginas mais emocionantes do esporte americanense. 

Antes, vamos retornar para o ano de 1976, em fevereiro daquele ano. No dia 8, na sede social do Esporte Clube Vasco da Gama, foi oficializada a troca de nome do Vasquinho para Americana Esporte Clube, o AEC (leia-se aéc). Saiu de cena o Dragão e entrou em cena o alvi-anil americanense. 

O primeiro campeonato aequino em 1976 foi a segunda divisão estadual, conhecida na época como 1ª Divisão (a elite se chamava Divisão Especial). A esperança era de que o AEC fizesse uma campanha de brilho, mas decepcionou totalmente, lutando até a última rodada para não cair. No total, 26 jogos: 5 vitórias, 15 empates e 6 derrotas. A equipe só se salvou após empate sem gols na última rodada contra o Velo Clube. 

Porém, em 1977, aconteceria uma reformulação nas divisões, fazendo com que muitos times fossem rebaixados pelo "facão" e cinco times disputassem uma Seletiva: AEC, Batatais, Linense, Sertãozinho e Votuporanguense. O campeão ficava com a 20ª e última vaga da Segundona-77. 

A fórmula era a seguinte: os dois piores que se salvaram em 76, Americana e Votuporanguense, disputariam um jogo único de mata-mata como primeira fase. O vencedor desse confronto enfrentaria o Batatais na semifinal. O outro jogo da semifinal já estava definido: Linense x Sertãozinho. Os vencedores da semifinal fariam a final, sendo o campeão detentor da vaga na Segundona. 

Mando neutro. Os jogos da primeira fase e da semifinal seriam disputados em Araraquara, no Adhemar de Barros. E a final seria disputada no Zezinho Magalhães, em Jaú. 

Na primeira fase, então, o AEC foi até Araraquara jogar contra a Votuporanguense. Cerca de 70% do público presente torcia para a AAV, deixando o desafio mais complicado ao esquadrão aequino. Todavia, o alvi-anil não decepcionou e com dois gols isolados derrotou a Votuporanguense por 2 a 0, naquele 10 de abril. AAV rebaixado. 

Os americanenses que viajaram até Araraquara não voltaram e se hospedaram em hotéis da Morada do Sol. A semifinal da Seletiva, contra o Batatais, aconteceria em 13 de abril, ou seja, não compensava a volta à Americana. Os aequinos ficaram e outros alvi-anis viajaram um dia antes do confronto para Araraquara. 

No dia 13 de abril, então, aconteceu a semifinal da Seletiva no mesmo Adhemar de Barros. Nos 90 minutos e prorrogação não tiveram vencedor: 1 a 1. Dessa forma, a decisão foi para o pênaltis. E os araraquarenses, ainda na prorrogação, ao saberem que o jogo estava indo para os pênaltis começaram a ir ao estádio apenas para a ver a disputa de faltas máximas. Ou seja, o jogo começou com um público bem menor do que quando terminou. 

Na disputa de pênaltis, 2 a 2 até a quinta e última cobrança. A torcida araraquarense, especificamente da Ferroviária, apoiava o Batatais, time mais próximo da cidade da Região Central. O Batatais bateu a quinta cobrança e perdeu. Ligão bateu para o AEC e anotou. 3 a 2! AEC na final. Batatais rebaixado. Na outra semifinal, também em Araraquara, vitória do Linense por 4 a 1 sobre o Sertãozinho. 

A decisão em Jaú


Expectativa enorme dos americanenses para a decisão em Jaú. O Linense era o melhor da Seletiva, até mesmo olhando a colocação final na Segundona-76. O AEC, pelo contrário, era considerado o pior, e todas as apostas davam conta que o time aequino cairia já na primeira fase para a Votuporanguense. 

Porém, na prática, o número de aequinos só se equiparou ao número de torcedores do Linense por causa da torcida jauense, mais especificamente do XV. Veja o registro do jornal O Liberal de 19 de abril: 

"A arrecadação no estádio Zezinho Magalhães, em Jaú, foi anunciada como a de 60 mil cruzeiros aproximadamente, com quase 4 mil pessoas pagando ingresso para ver a decisão. A expectativa era de que o público comparecendo em número bem maior. Previa-se cerca de 10 mil pessoas, especialmente, é claro, a massa torcedora da nossa cidade.

As dificuldades, ao que parece, foram inúmeras, inclusive com o preço cobrado pela empresa de ônibus, e que provocaram a ausência de muita gente americanense na agradável cidade jauense. Havia muitos torcedores do Linense, em número superior ao do AEC, mas mesmo assim a festa começou no mesmo estádio municipal de Jaú, com o devido brilho de uma decisão. 

Muitos rojões foram espoucados, inúmeras bandeiras eram agitadas, e desde a avenida da Saudade até as principais ruas do centro a festança foi das mais comoventes e envolventes. 

Torcida do XV esteve ao nosso lado
Quando os torcedores do AEC chegavam a Jaú, centenas e centenas de panfletos eram distribuídos pelas ruas da cidade conclamando a torcida do XV a prestigiar o <<Elefante da Noroeste>>, na luta contra o Americana EC. Imediatamente os elementos da nossa Rádio Clube, agindo prontamente para tentar ganhar adeptos no estádio (já que a nossa torcida era a de menor número), dirigiram-se às duas emissoras locais e fizeram apelos para que a torcida fosse pelo Americana, invocando várias justificativas e enaltecendo o acesso da representação jauense à Especial, de forma brilhante. 

O radialista Geraldo Pinhanelli, que durante 8 anos esteve atuando na radiofonia jauense, relembrou momentos de uma decisão entre Linense e XV de Jaú, no Pacaembu, em S. Paulo (onde trabalhara naquela oportunidade como repórter volante), e quando naquela oportunidade a torcida linense hostilizou contundentemente a massa torcida de Jaú, e outros detalhes daquela inesquecível decisiva. 

Muito bem. No estádio, quando da partida, dezenas e dezenas de bandeiras do <<Galo da Comarca>>, do XV local, se faziam presentes, e para a surpresa dos linenses, o incentivo e a torcida apresentavam-se para o nosso AEC, que pôde ficar mais à vontade e jogar o seu real futebol."

Iniciou-se, então, em campo, uma grande peleja entre AEC e Linense. O pior e o melhor, segundo a imprensa. Sérgio anotou o primeiro gol aequino. Paulo Dias, com dois tentos, virou o jogo para os linenses, desesperando os americanenses e jauenses. Porém, Niltinho e Paulinho viraram novamente para o Americana EC, levando o estádio Zezinho Magalhães a euforia. Vitória aequina por 3 a 2 em Jaú, e passeata pelas ruas da cidade. 

No vestiário americanense, após o prélio, festa e muitas lágrimas e sorrisos. Além, é claro, de muitos elogios aequinos ao povo jauense e ao gramado do estádio do XV de Jaú. Na volta para a cidade de Americana, os alvi-anis fizeram uma verdadeira festa, muito barulho, muita gritaria e cantos. Ao chegar na Princesa Tecelã, mais festa e mais passeata com os jogadores. 

O "O Liberal" destacou o seguinte: "A cidade viveu semana das mais movimentadas e um clima de expectativa realmente fantástico para a estreia na Segundona-77. Uma grande festa feita pelos torcedores, revivendo a grande conquista do Vasco em 1969, em Bauru."

Naquele ano, o AEC repetiria campanha ruim na segunda divisão e só escaparia do rebaixamento na última rodada, após vitória sobre o Rio Preto, em casa, por 1 a 0. Entretanto, o que marcou e salvou o ano do Americana foi esse grande campeonato da Seletiva, que terminou com o time alvi-anil campeão. 

FICHA TÉCNICA
Americana EC 3x2 Linense - 17/04/1977
Local: Zezinho Magalhães (Jaú)
Árbitro: Ulisses Tavares da Silva Filho
AEC: Carlinhos; Carioca, Adalberto, Coutinho (Badeco) e Ferreira; Sérgio e Paulinho; Vande (Marcos), Nelsinho, Niltinho e Ligão.
Linense: Raimundinho; Roberto, Sinval, Gué e Claudio; Toninho (Bento) e Noriva; Cardosinho, Juna (Nandinho), Paulo Dias e Vanderlei. 
Gols: AEC - Sérgio, Niltinho e Paulinho; Linense - Paulo Dias (2). 

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Retrospecto: AEC x Aliança

3/20/2015 0 Comments

7 jogos | 1 vitórias | 4 empates | 2 derrotas | 3 gols feitos | 5 gols sofridos

2ª Divisão 08/08/1976 Americana 0 x 2 Aliança Victório Scuro
2ª Divisão 31/10/1976 Aliança 1 x 1 Americana Baetão
2ª Divisão 08/05/1977 Americana 0 x 0 Aliança Riobrancão
2ª Divisão 10/07/1977 Aliança 0 x 0 Americana Baetão
2ª Divisão 21/09/1977 Aliança 1 x 2 Americana Baetão
2ª Divisão 06/11/1977 Americana 0 x 1 Aliança Riobrancão
Amistoso 01/05/1979 Americana 0 x 0 Aliança Riobrancão

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A camisa listrada do Vasco

3/20/2015 0 Comments

Quando fala-se em Vasco, logo vem a mente uma camisa com uma faixa cortando diagonalmente. O tradicional do Vasco do Rio, e até mesmo utilizado pela própria Ponte Preta. Não foi o caso do Dragão em 1973/1974. 

Alegando "má sorte" com a camisa em faixa, o diretor Roberto Monzillo sugeriu para a diretoria cruzmaltina que o uniforme fosse trocado para o listrado. O motivo era de que todos os times que, na época, usavam o primeiro uniforme listrado (Inter de Limeira, Bragantino, Independente...) se saíam bem nos campeonatos. Uma superstição estranha, mas que foi aprovada pelo conselho vascaíno.

Não adiantou. Em 1973, o Vasco caiu logo na primeira fase, tendo que disputar, no segundo semestre, o torneio Marcelo Castro Leite. Uma espécie de "Copa Renegados" apenas para completar o calendário. E, em 74, o time até que começou bem, mas caiu de produção e no final teve que se segurar para não cair de divisão. 

De bom naqueles dois anos foram as fotos do esquadrão com o belo uniforme cruzmaltino americanense. Belíssimo.


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Retrospecto: Vasco x São José

3/20/2015 1 Comments

12 jogos | 3 vitórias | 3 empates | 6 derrotas | 10 gols feitos | 15 gols sofridos

Amistoso 26/04/1970 Vasco 2 x 0 São José Victório Scuro
Amistoso 10/05/1970 São José 0 x 2 Vasco Martins Pereira
2ª Divisão 31/05/1970 São José 2 x 0 Vasco Martins Pereira
2ª Divisão 19/07/1970 Vasco 2 x 3 São José Victório Scuro
2ª Divisão 14/03/1971 São José 0 x 0 Vasco Martins Pereira
2ª Divisão 25/04/1971 Vasco 0 x 3 São José Victório Scuro
2ª Divisão 18/03/1973 Vasco 2 x 0 São José Victório Scuro
2ª Divisão 08/04/1973 São José 2 x 1 Vasco Martins Pereira
2ª Divisão 07/04/1974 São José 2 x 1 Vasco Martins Pereira
2ª Divisão 26/05/1974 Vasco 0 x 0 São José Victório Scuro
2ª Divisão 15/06/1975 Vasco 0 x 3 São José Victório Scuro
2ª Divisão 17/08/1975 São José 0 x 0 Vasco Martins Pereira

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